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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

ALIMENTAÇÃO JUDAICA ESTÁ NA MODA SAIBA POR QUE!

As regras milenares da alimentação da comunidade judaica estão na moda, sabe porquê?



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A DIETA KOSHER

As regras milenares da alimentação da comunidade judaica estão em voga. Sabe porquê?
Madonna, Leonardo Di Caprio, Steven Spielberg e Bono são alguns dos famosos que já aderiram à comida kosher e são clientes habituais dos restaurantes judaicos em Los Angels e Nova Iorque.

As folhas de alface devem ficar de molho meia hora e depois lavadas, uma a uma, com água corrente.

Os ovos são partidos para dentro de copos de vidro, para se averiguar se contêm sangue ou outras impurezas. A carne deve ser proveniente de animais saudáveis e mortos de acordo com as leis judaicas e os produtos industriais não podem conter qualquer tipo de gordura animal.

Estas são apenas algumas das regras da alimentação kosher, que em hebraico significa permitido e que está a fazer cada vez mais adeptos fora do judaísmo. A razão é muito simples, a higiene com que os alimentos são produzidos e manuseados fazem com que alimentos kosher sejam sinónimo de segurança alimentar.

Rigor na escolha

«As regras alimentares (designadas como Kasherut) seguidas pelos judeus estão escritas na Torah, o livro sagrado da religião, que dita as leis pelas quais nos devemos reger», conta Malka Martino, da Comunidade Israelita de Lisboa.

Assim, a comida kosher assenta em três pilares essenciais: a selecção, a preparação e a separação, ou seja, existem alimentos proibidos designados como impuros, a preparação dos alimentos obedece a regras específicas e não se pode misturar carne com produtos lácteos.

«Podemos comer mamíferos ruminadores com cascos fendidos, como a vaca, o borrego e a cabra, algumas aves como o frango e pato, mas não podemos comer porco ou cavalo», esclarece Malka Martino. A maneira como os animais são abatidos também é diferente, explica:

«Existe uma preocupação para que o animal não sofra, por isso deve ser morto num único golpe como uma faca especial e pela mão de um shohet, um especialista do abate ritual que estudou o ofício durante muito tempo».

Quanto aos peixes somente são permitidos os que têm escamas e barbatanas, ficando de fora, por exemplo, o mariscos, o golfinhos, o cação, o peixe-espada e o polvo.

Produtos kosher

Os frutos e os vegetais podem ser utilizados nas refeições sem restrições, contudo têm de ser muito bem lavados «já que não podemos comer qualquer tipo de vermes ou insectos», afirma a representante da Comunidade Israelita de Lisboa, acrescentando que fora de casa nunca come vegetais, a menos tenham sido preparados de acordo com a Kasherut.

Os ovos não podem ter vestígios de sangue e os produtos industrializados não podem conter gordura animal, nem ossos, nem corantes feitos a partir de animais. «Um exemplo disso são as gelatinas, os produtos congelados, o pão, bebidas, bolachas e iogurtes, que só comemos quando têm o selo kosher (atribuido pelas organizações judaicas que certificam que o alimento foi preparado de acordo com a tradição do judaísmo) ou quando temos a certeza que não contêm esses ingredientes», explica.

Tudo aquilo que contém uva, como o vinho, o vinagre e sumos, só pode ser ingerido se tiver sido supervisionado pelo rabino. «O vinho para nós é sagrado e o seu processo de elaboração obedece a critérios muito rígidos desde a apanha da uva até ao engarrafamento», revela Malka Martino.

Toda a maquinaria deve ser muito bem lavada, as uvas não podem ser misturadas com outras e é proibido adicionar outras substâncias, como por exemplo os corantes.




Segurança alimentar

Numa refeição kosher, a carne e os lacticínios nunca são misturados e «até mesmo os tachos e a loiça que são usados para confeccionar e comer cada um deles têm de estar devidamente separados e devem ser lavados também em separado», conta. A razão para esta regra encontra-se na Torah, onde se define o princípio de não cozinhar o filho (a cria) no leite da mãe.

Todos estes cuidados fazem com que quem come comida kosher saiba sempre o que está a comer e em que condições e, é este facto que a tem tornado tão famosa nos Estados Unidos, onde os hebreus representam apenas 20 por cento da população que segue estes hábitos alimentares, no Canadá e em Itália.

Se nesses países, é fácil encontrar lojas e restaurantes kosher, em Portugal são quase inexistentes: «Restaurantes não há, mas recentemente abriu uma padaria com pão kosher e o El Corte Inglés tem uma pequena secção com produtos kosher, mas são muito caros.

A carne atinge preços impensáveis, daí que a minha alimentação seja feita sobretudo de vegetais e peixe», conta Malka Martino. No nosso país, há também a produção de vinho kosher, mas é maioritariamente para exportação.



Fonte:



http://mulher.sapo.pt/saberviver/artigos/sabores/894690-2.html

RECEITAS DOCES - BOLO DE UVAS PRETAS DE PURIM

Bolo de uvas pretas de Purim
03/11/2008


Ingredientes:


2 kg de uvas do rio grande (que são as bem pequenas)
3 colheres de sopa de açúcar
3 ovos gemas separadas e as claras em neve
8 colheres de farinha de trigo
2 colheres de fermento em pó
1 copo de leite
1 tablete de margarina


Modo de Preparo:


Bate-se as gemas com a margarina e o açúcar. Em seguida juntar a farinha, o leite, o fermento e, por último, as claras em neve. Colocar em uma assadeira untada e cobrir com as uvas debulhadas e levar ao forno a 180 graus. Para ver se está pronto, faça a prova com o palito; se sair seco está pronto. A massa cresce e as uvas ficam no centro.



Fonte:



http://www.webbusca.com.br/culinaria/judaicas/judaicas_bolo_purim.asp

RECEITAS KOSHER DOCES - As Broas de Fubá para o Cabalat Shabat e Chag Purim

As Broas de Fubá para o Cabalat Shabat e Chag Purim

Ingredientes e Modo de Preparo:

Ingredientes:

* 700g de farinha de trigo especial
* 250g de fubá
* 1 colher (sopa) de erva-doce (deixe de molho em uma xícara de água
quente)
* 100g de fermento para pão
* 200g de açúcar
* 1 colher (café) de sal
* 100g de margarina
* 1/2 xícara (café) de óleo
* 2 ovos
* 1 xícara (chá) de leite



Fonte:



http://www.cafetorah.com/colinaria-judaica

ALIMENTAÇÃO KASHRUT

A alimentação dos judeus - a alimentação kashrut

As leis do "kashrut" são referentes aos hábitos alimentícios dos judeus. Essas leis encontram duas explicações totalmente opostas uma da outra. A primeira afirma que esse modo de alimentação foi instituido para garantir a saúde do povo, fazendo com que só fossem ingeridos pelos judeus alimentos pouco prováveis de serem "sujos" ou portadores de doenças. A segunda diz que a razão para que fossem observados esses modos de alimentação derivam de preceitos bíblicos, enumerados principalmente no capítulo 11 do livro Levítico. Os rabinos da época não fizeram comentários a respeito das lei do "kashrut" e classificaram essas leis como sendo mandatórias, ou seja, cuja razão está além das capacidades humanas. Essas leis tornaram-se um factor de união dos judeus, lembrando sempre as suas origens.
Na Bíblia, D'us afirma que Ele é sagrado e quer que o seu povo também o seja. A palavra sagrado, em hebráico kedusha, deriva da palavra kadosh, cujo significado é "separado". Algo que é sagrado é algo diferente, e o povo de Israel tinha que ser diferente, diferente de seus "vizinhos" que referenciavam falsos ídolos. Todo tipo de comida próprio para ser ingerido é chamado de kosher (palavra derivada de kasher, em hebráico, que significa "bom", "próprio", “justo” e “correcto”). Porém, essa palavra incialmente não era utilizada para referir a comida. Inicialmente kasher tinha o significado de "bom", posteriormente a literatura rabínica usou-a para os objectos utilizados nos rituais (talit, tefilin, etc.) e significava "próprio para o uso em rituais". Hoje a palavra também é usada para designar as pessoas que são "próprias" e capazes de julgar o que é "próprio" e "bom".
A palavra treifá é utilizada para descrever comida não kosher. Esta palavra significa rasgado e seu uso vem do livro do Exôdo (22:30) que não se deve comer carne que tenha sido "rasgada" por outro animal, ou seja não se deve comer um animal morto por outro. Posteriormente essa palavra foi extrapolada para definir aquilo que não se deve comer. Para que um animal possa ser comido ele deve ser kasher. O capítulo 11 do livro Levítico define muito claramente o que é kasher: "Entre todos os animais da terra, os que podereis comer: aqueles que tem os cascos fendidos e que ruminam". Ou seja, incluem-se aí vaca, carneiro, bode e cervo.

O animal também não pode ter sofrido ao morrer. Isso impede um judeu de caçar animais, ou comer algum que tenha sido morto por outro animal. A Bíblia afirma que o sangue simboliza a essência do homem, por isso os rabínos do período Talmúdico concluiram que quando um animal fosse morto a maior quantidade de sangue deve ser retirada. Portanto, quando um animal é morto de acordo com o ritual judeu, a jugular (veia do pescoço) é cortada, o animal morre instantaneamente e a maior quantidade de sangue é retirada. O nome da pessoa treinada para realizar a morte chama-se shochet.
Já o Deuterônimo, no capítulo 14 explica que nenhum crustáceo é kasher: "Comereis de tudo que há nas águas: tudo o que tem barbatanas e escamas comereis; e tudo o que não tem barbatanas e escamas, não comereis; é impuro para vós.". Não existe nenhuma explicação acerca do motivo, e o versículo ainda especifica sobre peixes que tem barbatanas e escamas, mas que as perdem a partir de um certo momento, como é o caso do peixe espada. As autoridades ortodoxas não permitem o uso de tais peixes, o que não ocorre com autoridades conservadoras. Portanto, apenas peixes que possuam escamas e barbatanas podem ser consumidos.

Outra característica das leis do "kashrut" é que não se deve misturar carne e leite. A razão para isto está na Bíblia, pois esta afirma que "não se deve cozinhar uma criança no leite de sua mãe", e por isso concluiu-se que misturar leite e carne seria violar as leis do "kashrut".
Porém, existem alimentos considerados neutros (parve). Entre os parve estão os peixes, alimentos advindos da terra e seus derivados. Neste grupo estão incluidos alimentos manufacturados que não tenham como ingrediente derivados de animais. A fim de não misturar os alimentos a base de carne e os à base de leite, não se deve usar a mesma louça para servir refeição a base de leite e a base de carne. Porém, as louças de vidro são, por alguns, aceites para servir os dois tipos de refeição, uma vez que o vidro é um material que não é absorvente. Apenas os copos de vidro são amplamente aceites, tanto para as refeições de carne e as de leite.
Alguns judeus ultra-ortodoxos só bebem leite que teve durante sua ordenha e seu engarrafamento um judeu presente para assegurar que não houve mistura de leite de um animal kosher com um não kosher (essa mistura é normalmente feita para melhorar o gosto do leite). Esse tipo de leite chama-se 'chalav Yisrael', "leite dos judeus". É comum esperar algumas horas entre uma refeição a base de carne e outra de leite, pois a carne demora muito tempo para ser digerida. Porém, quando certos tipos de queijos são ingeridos, principalmente os mais duros, é comum também esperar algumas horas, pois estes aderem aos dentes. O tempo de espera, em qualquer uma das circunstâncias, é determinado pelas autoridades rabínicas locais.
Para uma carne se tornar kosher, ela deve, após ter sido morta num ritual judeu, ter todo o sangue retirado. Para isso, deve-se lavar a carne com água. Posteriormente ela é imersa num recepiente com água salgada durante meia-hora, para que possa melhor absorver o sal. A água deve cobrir toda a superfície da carne. Após a imersão, a carne é posta numa tábua inclinada para escoar a água. Então a carne é salgada com um sal kosher (um sal kosher é um sal com uma grande capacidade de absorção de líquidos). O sal é utilizado para drenar todo o resto de sangue da carne. Tendo salgado a carne, esta é lavada duas vezes para retirar o sal. Uma carne que não tenha sido tornada kosher não pode ser mais "kasherizada" caso tenha ficado num estado não kosher por mais de três dias, pois o sangue já coagulou, e só pode ser consumida caso seja grelhada em fogo aberto, pois o fogo libertará o sangue. O grelhar é, na verdade, o melhor processo de "kasherização" possível, pois liberta a maior quantidade de sangue, portanto não é necessário a "kasherização" de carnes que serão grelhadas. Porém, existem certas carnes que não podem ser "kasherizadas"; o fígado por exemplo, por possuír uma grande quantidade de sangue. A única maneira de se consumir tais carnes é grelhando. Quanto às aves não existem restrições. Apenas não se pode utilizar água quente para retirar as penas. Qualquer carne que tenha sido escaldada antes de ser "kasherizada" torna-se treifá, pois a água quente coagula o sangue. Carnes não "kasherizadas" não podem ser congeladas pois o sangue congelará e o sal e a água não conseguirão remover o sangue eficientemente. Carnes não "kasherizadas" que tenham sido congeladas só poderão ser usadas após serem grelhadas.
Peixes não precisam ser "kasherizados" pois eles possuem uma quantidade mínima de sangue, portanto a Bíblia afirma que a proibição a ingerir sangue está limitada a mamíferos e aves.
Porém, não é todo judeu que observa essas leis, os Ortodoxos e os Conservativos seguem-nas, mas os Reformistas não, apesar de que até mesmo estes sentem restrições quanto ao porco e seus derivados. Os Ortodoxos não comem queijos pois durante a fabricação destes utiliza-se uma enzima encontrada dentro do estômago de certos mamíferos para acelerar a coagulação do leite, e portanto no queijo estariam sendo misturados derivados da carne com os do leite.
É comum encontrar-se em pacotes de comida símbolos certificando que o alimento é kosher. Estes símbolos são referentes a organizações judaicas que certificam que o alimento foi preparado de acordo com a tradição do judaismo. No entanto, seja num restaurante kosher ou manufacturados kosher, a comida kosher é sempre mais cara que as treifá, pois existe um custo extra no ritual da morte e na inspeção do produto.



Fonte:


http://hehaver.blogspot.com/2004/11/alimentao-dos-judeus-alimentao-kashrut.html

KOSHER - ABATE DE ANIMAIS

Abate Kosher: o ritual judaico de abate



O termo Kosher ou Kasher é utilizado para definir os alimentos preparados de acordo com as leis judaicas de alimentação. As leis da alimentação judaica, denominada de kashrut, encontradas na Bíblia Sagrada ou na Tora, e são seguidas pelos membros da religião judaica, que atinge mais de seis milhões de pessoas nos Estados Unidos. Somente no estado de New York, com mais de dois milhões de judeus, o Departamento de Agricultura possui uma seção especial responsável pela segurança e legitimidade dos alimentos comercializados como kasher ou kosher. Os alimentos kasher representam nos Estados Unidos um mercado de US$ 35 bilhões/ano, incluindo mais de 38 mil alimentos certificados como kasher, produzidos por 9.600 empresas do ramo de alimentação.

Estima-se que no Brasil vivam cerca de 180 mil judeus, sendo 120 mil só em São Paulo. Nem todos são religiosos, mas são um bom nicho para comercialização de produtos kosher, pois são consumidores fiéis e de poder aquisitivo razoável.

Os alimentos kasher não são somente adquiridos por judeus, mas também por muçulmanos, adventistas, vegetarianos, pessoas com alergias a certos alimentos e ingredientes e outros consumidores que simplesmente consideram subjetivamente o alimento kasher como sendo de alta qualidade. São alimentos kasher vegetais, grãos e frutas in natura; a carne (de animais de casco fendido e ruminantes), aves (galinha, pato peru e pomba); peixe com escamas e nadadeiras; laticínios, e produtos de confeitaria. Não são considerados kasher a carne de animais como porco, camelo, jumento, lebre, coelho, lagarto, etc e de aves de rapina; misturas de carne e laticínios; crustáceos, lagosta, camarão, ostras, cação, siri, lula e outros frutos do mar.

Problemas com Trichinella spiralis e Taenia solium provavelmente tenham sido responsáveis pela proibição judaica do consumo da carne suína, porém as leis que regem o ritual kasher não são leis sanitárias. As restrições alimentares, como a designação de animais puros e impuros, a proibição do consumo de misturas de carne e leite e consumo de sangue são citadas na Bíblia.

As leis do kashrut são referentes aos hábitos alimentares dos judeus, sendo que essas leis encontram duas explicações totalmente opostas uma a outra. A primeira afirma que esse modo de se alimentar foi instituído para garantir a saúde do povo, fazendo com que só fossem ingeridos pelos judeus alimentos com poucas chances de serem "sujos" ou portadores de doenças. A segunda diz que qualquer melhoria na saúde do povo judeu foi totalmente inesperada, e que a única razão para que fosse observado esse modo de alimentação está na Bíblia (Levictus 11:44-45).

A religião judaica é a mais exigente quanto às normas de alimentação, que envolve seleção da matéria-prima, abate de animais, preparo e consumo de alimentos, uso de determinados utensílios e também regras de alimentação em certos dias como sabbath ou dias de festas. Em contraste com a exigência religiosa, estes métodos têm sido criticados, tanto pela crueldade como também pela falta de cuidados quanto aos aspectos higiênico-sanitários. Segundo a Legislação Brasileira (artigo 135 do RIISPOA), só é permitido o sacrifício dos animais de açougue por métodos humanitários, utilizando-se de prévia insensibilização, baseada em princípios científicos, seguida de imediata sangria. Porém, em seu segundo parágrafo fala que é facultativo o sacrifício de bovinos de acordo com preceitos religiosos (jugulação cruenta), desde que sejam destinados ao consumo por comunidade religiosa que os requeira ou ao comércio internacional com países que façam essa exigência. Dessa forma, os animais destinados ao bate kosher não passam por insensibilização prévia. Schechita é o ritual de abate dos animais para o preparo da carne kasher. Ele é realizado por um magarefe denominado schochet, que recebe treinamento por um longo período.

A proposta do ritual é o corte das artérias carótidas e veias jugulares rapidamente, proporcionando rápida inconsciência e insensibilidade. O instrumento cortante utilizado para essa operação é chamado de chalaf, o qual é afiado de forma eficiente e examinado após cada utilização. Cada seção de schechita é precedida por uma prece especial denominada beracha.

Quando são utilizados animais não domésticos, o sangue deve ser coberto por areia ou terra. A inspeção dos animais é realizada pelo shochet, para verificação das moléstias, injúrias e principalmente a presença de aderências ou malformações, que condenarão o animal para fins de consumo. Os pulmões são inflados para verificação de aderências. O trabalho prossegue com os judeus identificando e carimbando as carcaças. No Brasil, os animais também são inspecionados pelo Serviço de Inspeção Federal. Para a realização da degola, o animal é encaminhado ao boxe que é utilizado para atordoamento do abate não destinado à produção de carne kasher, expõe uma das patas traseiras em um espaço de abertura, a qual é presa por uma corrente com roldana. O boxe é aberto, permitindo a saída do animal enquanto a corrente é suspensa por um guincho. O animal é baixado até seu dorso tocar o solo, mantendo seu posterior suspenso. Um gancho, na forma de “V” é colocado sobre a mandíbula e o pescoço é tensionado. O shochet apóia uma das mãos sobre o pescoço do animal, e através de um movimento realizado com a chalaf, corta entre o primeiro e o segundo anel da traquéia, a pele, veias jugulares, artérias carótidas, esôfago e traquéia, não podendo encostar o fio da faca nas vértebras cervicais. A incisão deve ser executada sem interrupção, sem movimentos bruscos, sem perfuração, sem dilacerações e nem sobre a laringe. O corte deve ser executado na garganta, entre o nível da laringe e a mais baixa parte da traquéia e esôfago. A traquéia e esôfago devem ser cortados e não devem ser arrancados. Por isto, a faca deve ser muito bem afiada e muito lisa. Os menores dentes no fio causam rasgo. Por isto, a faca é verificada quanto a sua rugosidade do fio e sua afiação depois de cada shechita. Após a incisão, o animal é suspenso ao trilho, seguindo para o término da sangria e esfola. Existe uma grande rejeição, pelos judeus, para o uso de animais zebuínos puros da raça Nelore devido a sua pelagem branca e pela menor aderência do pulmão na carcaça, características que não são peculiares aos animais cruzados e de cor escura. Os judeus só devem comer carne de animais kosher após esta ter se tornado kosher. Para uma carne se tornar kosher ela deve, após ter sido morta num ritual judeu, ter todo o sangue retirado. As partes mais consumidas pelos judeus são o dianteiro completo com todos os cortes (peito, paleta, acém, músculo). A carcaça é serrada entre a nona e a décima costelas (na altura do noix), o que no caso seria o único corte referente ao traseiro que é levado por eles. Dos miúdos, são importados pulmão, língua, carne de bochecha e os tendões dianteiro e traseiro. Os três últimos passam por uma salmoura de aproximadamente meia hora, para posterior embalagem e congelamento. A carne kosher destinada ao consumo deve ter poucos vasos sangüíneos e nervos. Desse modo, o preparo da carne pelo ritual kosher, tem como objetivo eliminar o máximo de sangue. A eliminação de sangue se faz com o uso da salga a seco (através de imersões consecutivas em água e sal grosso, durante um período de uma hora). Os produtos kosher já apresentam um selo que fornece garantia da não adição de carne de porco e que passaram por um rigoroso processo de fiscalização, que investiga mais profundamente a origem e o estado dos animais que foram utilizados neles.

Entre os diversos produtos da linha encontram-se o salsichão bovino, fiambre bovino com vegetais, língua bovina defumada, vitela bovina, roulé de peru e carpaccio bovino. É comum encontrar-se em pacotes de comida símbolos certificando que o alimento é kosher, este símbolos são referentes a organização judaicas que certificam que o alimento foi preparado de acordo com a tradição do judaismo. No entanto, seja num restaurante kosher ou manufaturados kosher, a comida kasher é sempre mais cara que as não kasher, pois existe um custo extra - no ritual da morte e na inspeção do produto.


Principais Referências:
Barreto, M., Castro Alves, M. Selo Kosher oferece segurança. 2p. http://www.revistagrill.com.br/vitrine.html (10/05/2004) Bitencourt, L. Sob a lâmina da "espada". Revista ABCZ, no4 - Set-Out/2001. 2p. http://www.abcz.org.br/revista/04/mat27.htm (14/05/2004) Roça, R. O. Abate humanitário: insensibilizaçã o e sangria. 6p. http://www.dipemar.com.br/atabRNC. (14/05/2004) Roça, R. O., Caramori Jr., J. G., Gomes, L. A., Joaquim, C. F. Avaliação da contaminação microbiana durante o abate kosher. Revista Higiene Alimentar, v.16, n. 96, p.82-87



Fonte:Artigos Técnicos
Publicado em 22/05/2004 por Lara Macedo Bonfim, médica veterinária, professora do curso de veterinária da PUC - Betim

http://www.rehagro.com.br/siterehagro/publicacao.do?cdnoticia=526

RECEITAS DOCES - Charoset Yemenita

Charoset Yemenita



Ingredientes:

1 1/2 xícara de figos secos, 1 1/2 xícara de tâmaras sem caroço, 3 colheres de sopa de gergelim torrado, 1 colher de chá de canela em pó, 1 colher de chá de gengibre em pó, 1/2 xícara de vinho para Pessach.
Modo de fazer:

Bater todos os ingredientes no processador.

CALENDARIO DE FESTAS JUDAICAS

Calendário das Festas Bíblicas Judaicas
13/05/2004

(Ano Judaico) 5764/5765
(Ano Gregoriano) 2004

Festa Calendário Judaico Calendário Gregoriano
Purím 14 de Adar Sheni 7 de Março
Pêsach (Páscoa Judáica) 14 de Nissan 5 de Abril
Hag HaMatsôt (Pães Asmos) 15-22 Nissan 6-13 de Abril
Shavuot (Pentecostes) 6 e 7 de Sivan 26 e 27 de Maio
Rosh Hashaná (Ano Novo Judáico) 1 de Tishri 16 de Setembro
Yom Kipúr (Dia da espiação) 10 de Tishri 25 de Setembro
Sucôt (Tabernaculos) 15-21 de Tishri 30/09 à 06/10
Chanucá (Festa da Dedicação) 25 de Kislev - 3 de Têvet 8-15 de Dezembro

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Yom Kippur — Dia do Perdão

Yom Kippur — Dia do Perdão Erev Yom Kippur — 9 Tishrei Yom Kippur é considerado pelos Judeus como o mais santo e solene dia do ano. Nele, é dada especial ênfase ao perdão e à reconciliação. Comer, beber, tomar banho, untar-se com óleo, e relações íntimas é proibido. O jejum começa ao pôr-do-sol, e termina depois da caída da noite no dia seguinte. Os serviços religiosos de Yom Kippur começam com a reza conhecida como Kohl Nidrei, que tem de ser recitada antes do pôr-do-sol. Kol Nidrei, que em Aramaico significa "todos os votos", é a anulação pública de votos ou jura-mentos religiosos feitos por judeus durante o ano anterior. Apenas diz res-peito a votos não cumpridos, feitos entre a pessoa e Deus, e não cancela ou anula os votos feitos entre pessoas. A Talit (um manto de quatro pontas) é colocado para as rezas da noite; a única reza noturna do ano em que isso é feito. A Ne'ilá é um serviço religioso especial realizado apenas no dia de Yom Kippur, e prende-se com o en-cerramento da festividade. O Yom Kippur termina com o toque do shofar, que marca a conclusão do jejum. É sempre observado como uma festividade de um dia apenas, tanto em Israel como nas comunidades da Diáspora judaica.

Aseret Yemei Teshuva

Aseret Yemei Teshuva — Dias de Arrependimento Os primeiros dez dias do ano judaico (desde o começo de Rosh Hashaná até ao fim de Yom Kippur) são conhecidos como Aseret Yemei Teshuva. Durante este período é "extremamente apropriado" para os Judeus praticar Teshuvá (arrependimento, literalmente 'retorno'), a qual consiste em examinar as suas próprias ações e arrepender-se dos erros cometidos tanto contra Deus e o próximo, em antecipação do Yom Kippur. Este arrependimento pode tomar a forma de súplicas adicionais, confissão das próprias ações diante de Deus, jejum, e autoconhecimento. No terceiro dia, o Tzom Gedalia, ou Jejum de Gedalia é celebrado.

COMIDAS TIPICAS JUDAICAS E KOSHER

COMIDAS TÍPICAS JUDAICAS E COMIDAS KOSHER

Aqui falaremos sobre o que se come em cada uma de nossas festas. O objetivo é poder sentir um pouco do gosto de infancia, Do cheirinho da comida da vovó, Do carinho da super mãe judia, E relembrar das historias que o vovô contava.

FESTAS JUDAÍCAS - ROSH HASHANÁ

Rosh Hashaná — O Ano Novo Judaico O Rosh Hashaná é o Ano Novo Judaico e Dia do Julgamento, no qual Deus julga cada pessoa individualmente de acordo com as suas ações, e faz um decreto para o próximo ano. O festival é caracterizado pela mitzvah (mandamento) especial de tocar o shofar.Durante um número variável de dias antes de Rosh Hashaná, entre os Judeus Ashkenazim, e todo o mês de Elul entre os Judeus Sefaraditas, são acrescentadas rezas especiais nas orações matinais, conhecidas como Selichot. Erev Rosh Hashanah (véspera do primeiro dia) — 29 Elul Rosh Hashanah (ראש השנה‎, em Hebraico) — 1–2 Tishrei Rosh Hashanah considerado pela Mishná como o novo ano para calcular os anos do calendário, leis de shmita (ano sabático) e o Jubileu, dízimos de vegetais, e plantação de árvores (para determinar a idade de uma árvore).De acordo com uma opinião da Torah Oral (a tradição oral judaica), a criação do Mundo foi completada no Rosh Hashaná. A recitação de Tashlikh ocorre durante à tarde do primeiro dia. O Judaísmo ortodoxo celebra dois dias de Rosh Hashaná, tanto em Israel como na Diáspora. Os dois dias juntos são considerados um yoma arichta, um "dia longo" único. Um número significativo de comunidades judaicas reformistas celebra apenas um dia de Rosh Hashaná.